A carreira política do médico Juscelino Kubitschek de Oliveira inicia em 1933, quando Benedito Valadares é nomeado Interventor em Minas Gerais e o designa para ser seu Chefe de Gabinete.
À frente da Prefeitura de Belo Horizonte, cargo que ocupa até 1945, quando é eleito Deputado Federal, remodela a cidade com obras de vanguarda. Obras como o complexo urbanístico da Pampulha ganham dimensão internacional.
Suas atividades como Prefeito e deputado constituinte de 1946, marcadas pelo dinamismo e total cumprimento, o credenciaram a concorrer às eleições para Governador do Estado, em 1950.
Sua administração baseia-se no binômio “Energia e Transportes”, marcando sua gestão com arrojo e pelo trabalho incansável de levar o estado mineiro ao desenvolvimento.
Político habilidoso, atencioso e de trato elegante para com todos. O Governador Juscelino era a alegria, a espontaneidade, a jovialidade. Entretanto, nessa jovial alegria e espontaneidade transparente, havia, igualmente, uma sólida proposta política. Proposta que era definida como meta e com prazos a serem cumpridos.
Ao término de seu governo, campos de pouso, escolas, hospitais, postos de saúde, faculdades, pontilhavam todo o estado. Minas adquiriu uma nova feição e uma nova mentalidade.
Todo esse trabalho naturalmente credenciaria seu nome à postulação de candidatura à Presidência da República. E assim o foi, o governador mineiro saiu vitorioso da convenção do PSD, com seu nome indicado para concorrer à Chefia da Nação.
Sua campanha política, balizada no slogan “50 anos em 5″, começaria pelo interior e não pelas grandes capitais como era o habitual. E foi justamente em uma cidadezinha no interior de Goiás, Jataí, que em cujo comício teve de responder à pergunta se mudaria a capital brasileira para o interior, tal como propunha a Constituição.
O candidato, com entusiasmo crescente, expunha em sua campanha seu Programa de Metas e anunciava a mudança da capital brasileira, agora incluída em seu Programa e desde então, denominada Meta – Síntese.
Apesar de uma oposição que não lhe dava tréguas, realizadas as eleições Juscelino Kubitschek de Oliveira se elege Presidente da República. Eleito pelo povo, o Presidente promovia confiança na economia e estimulava a estabilidade política objetivando gerar o desenvolvimento nacional e bem-social.
Os correligionários políticos o admiravam pela sua liderança sincera, descontraída e cheia de ideais cívicos. Tratava seus adversários políticos e até inimigos com tolerância e desprendimento.
Audacioso nos seus planos, administrava-os com otimismo e perseverança. Mantinha rígidos esquemas de controle das execuções, sempre atento às datas de conclusão e avaliação de qualidade.
O Presidente Juscelino Kubitschek era um democrata e gostava de se misturar ao povo para saber e, mesmo sentir, suas necessidades e carências. O liberal, o progressista, o contemporâneo do futuro conviviam com o cidadão de origem humilde, o Nonô de Diamantina, o Juscelino de Belo Horizonte, o JK que a Nação admiraria em seu corajoso projeto de fazer o Brasil avançar cinquenta anos em cinco.
REFERÊNCIAS
NAPOLEÃO, Aluísio. JK: audácia, energia, confiança. Rio de Janeiro: Bloch Ed., 1988.
OLIVEIRA, José Aparecido de ( …et al. ). JK – O estadista do desenvolvimento. Brasília: Memorial JK; Senado Federal, Subsecretaria de Edições técnicas, 1991.
SANTOS, Affonso Heliodoro dos. JK – exemplo e desafio. Brasília: Thesaurus, 1991.
VASCONCELOS, Adirson. Memorial Juscelino Kubitschek. Brasília: União editora, 2002.